Parquínia se foi

Parquínia Rinocerontis virou estrelinha.

Desde o dia em que te encontrei, acuada, com o rabo entre as pernas, tremendo, no meio do Parcão, decidi te adotar e cuidar de ti.

Chegaste a um lar onde se amam os animais, onde cachorros sempre foram parte importante da família, e muitas alegrias nos deram, nos dão e nos darão.

Doutora Nessana Bertuol disse: “Que bucha você foi arrumar”. Pois foi a melhor bucha que eu peguei.

Tratamos vossa dentição toda esgualepada, vosso coraçãozinho com sopro grau cinco (numa escala de um a cinco) e toda a questão de higiene.

Em tua humildade, o tapete fora de casa já seria um bom lugar para dormir, afinal, talvez nunca tenha tido uma cama ou um abrigo para as noites frias do inverno.

Recebeste uma caminha quente, dois manos (o Míglia e a Meg II) e, principalmente, um lar onde uma vassoura ou um chinelo não seriam mais uma ameaça a ti.

Calculamos que tenhas vivido 14 anos, e, destes, dois conosco. E que alegria foi ter tido tua companhia, teu carinho e tua gratidão.

Em paz (e bem aquecida) repousaste ao descanso eterno. Gracias por todo. Bom descanso, minha doce Parquínia.